6 de junho de 2008

Matando a cobra e...

... mostrando o pau escondendo o machado.

(charge feita para o Diário de Muriaé)

3 de junho de 2008

Muriaé lê?

Primeira parte


Segunda parte


ERRATA: por informação mal passada pela fonte, o certo são cinco bancas e não seis.

30 de maio de 2008

Obediência no Trânsito

Pô, na faixa de pedestres... Ele é mais bonito que todo mundo, portanto deve poder estacionar... ¬¬"
É válido parar, mas o carro da Prefeitura de Muriaé ficou 'parado' a sexta-feira toda.

Sem comentários... PROIBIDO PARAR E ESTACIONAR.

Recolher a bagunça dá trabalho

Imagina se o ex-Bar dos Esportes não fosse um prédio é tombado. Faixas colocadas para receber o governador Aécio Neves...
... Ainda estão lá, uma semana depois.

27 de maio de 2008

Inexecício do Jornalismo

Pode até soar bizarro, mas as pessoas não sabem, ou simplesmente não ligam, para a verdadeira função comunicativa de um jornal. Em Muriaé, o senso popular diz que notícias são as paparicações pagas por influentes, vereadores, representantes comerciais e demais celebridades da nossa pequena comunidade.

Sem citar nomes, outro dia chegou um ser na redação dizendo que queria comprar um espaço. Até aí, tudo bem. Só que a maneira com que se dirigiu - Eu quero que você faça uma matéria minha agradecendo ao governador pela verba doada - (Ops! Hehe! Para preservar integridades, deduzam o doada para quê) e respondi que poderia 'fazer a tal publicidade' ou a 'mensagem', mas não uma matéria.

O sujeito, seguido de meus editores, foi tomado por um gaguejo ao dizer 'mas não pode fazer uma matéria enxuta com dizeres de jornalismo?'. NÃO! Cxrxlhx! Já não me bastasse o infinito número de matérias pagas que quase completam o jornal todas as semanas, agora tento esgueirar matérias e detalhes importantes que muitas vezes são cortados por interesses alheios.

Um bom exemplo disso foi o acidente entre um ônibus da Coletivos Muriaeenses e um motociclista. A culpa, de fato, foi do motociclista, mas a perícia percebeu que o Coletivos Muriaeenses não possuía tacógrafo - aquele instrumento que registra e arquiva a velocidade do veículo por um determinado espaço de tempo. "Não vamos publicar isso não por que o João Fiscal liga depois enchendo o saco".

Entre a gama de exemplos que acumulei antes do blog, também posso citar a inauração dos dois Postos de Saúde da Família, na qual a auxiliar de enfermagem comentou o fato de estarem novos e reformados, mas a falta de especialistas e atendimento, agravantes de uma situação delicada, foram sumariamente censurados, pois a pauta era paga pela prefeitura.

Muito me surpreende que, embora existam protestos, a população aceite, ao não enviar emails com reclamações, uma imprensa tão descaradamente de paparicação. E muitos críticos, ainda por cima, sabem do erro, resmungam e são pessoas de certo 'grau de cultura', mas insistem em recorrer ao meio comunicativo para soltar felicitações e dizer apenas boas palavras.

Sem querer bater muito no dia da visita de Aécio Neves, mas, antes mesmo do atraso fenomenal, a mãe da jovem, morta por dengue hemorrágica, tentava desesperadamente falar com a imprensa. Ela se dirigiu também ao secretário de Saúde Marcos Guarino, que a acariciou e tentou acalmá-la, sorrindo, mas a senhora revidou com um chega-pra-lá e gritava - Minha filha morreu de dengue e ninguém fala nada! - Alguém deu ouvidos? Não. Fiquei extremamente incomodo e tudo mais, mas como sabia que meu jornal não publicaria nada a respeito, não valeria nem metade do esforço.

Outra coisa: a linha fatalista criada na cidade. Parece que acidentes e assassinatos vendem jornais. Recentemente aconteceu um seminário definir a legislação de atividades minerárias em Minas Gerais. Some isso com o rompimento da barragem e vazamento de substâncias que contaminaram nosso lindo rio Muriaé e, ainda assim, poucas pessoas se interessaram. Fato parecido com a Reunião Regional dos Conselhos de Assistência Social cuja própria secretária de Desenvolvimento Social Eveline, criticou o desinteresse. Tudo escondido em páginas internas e só foram publicados por que sobrou espaço deixado pelas matérias pagas.